Rascunhos imperfeitos

Há alguns anos atrás costumava chamar de amigo qualquer um que me direcionasse um sorriso, que me desse um abraço ou demonstrasse um mínimo afeto... E com isso acabei me machucando, me decepcionando. Após essa fase de erros e tropeços, a vida me tornou seletiva. Para eu poder considerar amigo, tem que realmente significar algo pra mim. Tem que estar junto em todos os momentos, tem que saber aconselhar. Emprestar o ombro pra chorar. Enfim, tem que ser companheiro. Depois que comecei a selecionar o numero de amigos foi reduzindo... E dos que permaneceram, conto nos dedos os quais são verdadeiros... Se pra considerar amigo já existe uma serie de requisitos, pra considerar irmão ou irmã é bem mais complicado. Mesmo assim a vida fez mais uma de suas peças... E me mostrou que não dá pra ser tão rígido. Quando eu menos esperava ganhei uma irmã . Quando não achava que fosse mais possível confiar tanto em alguém, ganhei a minha Júh... Digo ganhei porque a tenho com um presente enviado dos céus

Ao me ouvirem falando de você, constantemente me indagam se era amor?...  O que eu respondo? Não era. Ainda é. Por mais que eu diga pra todos, por mais que eu diga para mim mesma que você deixou de significar algo pra mim. No fundo admito em segredo que está tudo do mesmo jeito de antes. As vezes penso que está mais intenso... É incrível que ainda hoje, depois de tanto tempo, eu não tenha palavras para descrever o que eu sinto por você. O que é que me leva lembrar de você assim como eu me lembro de respirar. É um sentimento que foge do meu controle, por mais que eu tente não consigo coordená-lo. Tenho esperança que algum dia eu consiga adquirir a capacidade de entender a mecânica desse sentimento, tenho esperança de que em pouco tempo eu realmente tenha conseguido soterrar meu sentimento por você... Aguardo ansiosamente pelo dia em que as lembranças não serão capazes de abalar as minhas estruturas...  E sei que em algum dia ao ouvir seu nome, meu corpo não tremerá por inteiro. Não cho